Após o Dilúvio causado pelo aquecimento global os sobreviventes construíram sociedades flutuantes. Entre as maiores cidades estão os dirigíveis São Paulo, Tóquio e Nova York. As cidades menores e mais pobres se organizaram em balões, formando aldeias. Quem nos conduz na história é Carlos, um adolescente angolano de 16 anos. Ele vive em Luanda, um conjunto de balsas que escolheu como negócio os livros, tornando-se uma aldeia biblioteca. Sua mãe é a bibliotecária-chefe da aldeia. O pai, após cair da balsa em uma tempestade, está desaparecido. Carlos resolve então partir para procurá-lo e segue uma pista que o leva a pousar no mais belo dos zepelins, o Paris, onde encontra Aimée, uma garota de 14 anos que se torna sua companheira de aventuras. É duplo o problema que os habitantes das nuvens precisam enfrentar: como viver em harmonia e, ao mesmo tempo reencontrar a terra, de cujo cheiro e estabilidade só os mais velhos se lembram.José Eduardo Agualusa é um dos mais importantes escritores contemporâneos. Nasceu no Huambo, Angola, em 1960. Estudou Silvicultura e Agronomia em Lisboa, Portugal, e tem intensas ligações com o Brasil, por causa de visitas constantes ao país, atendendo a convites para participar de diversos eventos literários. Escreveu dez romances e oito livros de contos (quatro deles para crianças), além de peças para teatro. Agualusa é membro da União dos Escritores Angolanos, e suas obras estão traduzidas em 25 idiomas. Alguns livros do autor: A Conjura (Gryphus, 2009), Estação das Chuvas (Língua Geral, 2010), Nação Crioula (Gryphus, 2008 e Língua Geral, 2012), Um Estranho em Goa (Gryphus, 2001), O Homem Que Parecia um Domingo (Edição particular, 2002), Catálogo de Sombras (Dom Quixote, 2003), Manual Prático de Levitação (Gryphus, 2005), Passageiros em Trânsito (Dom Quixote, 2006).